29/03/2016

6º ano - O Sistema Solar, a Terra e a Lua



Queridos estudantes,

Nesse post deixo disponível os vídeos sobre o Sistema Solar, movimento da Terra e da Lua. 
Também está disponível o slide utilizado em sala de aula.

Bons estudos


A Origem do Sistema Solar

A origem do Planeta Terra

Movimento e a fase da Lua


Slide utilizado em aula (power point) - 6º ano EF - O Sistema Solar, a Terra e a Lua 
















































































Fonte: 38 fotos que contam a história do homem na Lua


27/03/2016

Globalização e reforma agrária

 Globalização e Reforma Agrária
Prof. Leandro Nieves

A luta pela terra no Brasil é consequência de uma dívida histórica. Para entender este ponto, é necessário retomar a história da luta pela liberdade dos escravos e do acesso à terra.

·         A Lei Eusébio de Queirós, 1850.
Em 1850 foi estabelecida a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico de escravos para o Brasil. A partir desse ano, houve aumento da imigração e também foram sendo criadas leis abolicionistas. Trata-se de um momento em que se expandia o cultivo do café e, consequentemente, a necessidade de mais mão de obra para o setor.


Figura 1 – Linha do tempo da luta pela escravidão no Brasil



Relembrando: A luta pela liberdade dos escravos no Brasil foi longa e conteve ao todo 4 leis em torno desta questão. A primeira Lei foi de 1850, Lei de Eusébio de Queiróz, pelo qual extinguiu o tráfico negreiro, proibindo, portanto, somente a comercialização dos escravos. A segunda é de 1871, conhecida como Lei do Ventre-Livre, que livrava da escravidão os filhos de escravos que nascessem a partir da data da promulgação da Lei. A terceira é de 1885, que aprova a Lei “dos Sexagenários” que libertava os negros com mais de 65 anos da escravidão. E finalmente, em 1888 instaura a Lei Áurea, abolindo completamente a escravidão no Brasil.

·        A Lei de Terras, 1850.

O objetivo da criação dessa Lei era de atrair, por meio da arrecadação que previa, um grande contingente de trabalhadores, de forma que se pudesse substituir o trabalho escravo pelo trabalho assalariado. Com o sistema de sesmarias já em desuso, essa Lei proibiu o livre acesso às terras devolutas. Assim, a titulação da terra só poderia ser efetivada mediante a sua compra com o devido registro em cartório. Dessa forma, imigrantes pobres e escravos alforriados e/ou libertos teriam poucas chances de adquirir terras, sem que primeiro se empregassem nas fazendas de café das oligarquias que comandavam o processo político no País.

Figura das capitanias hereditárias e sesmarias


·         Portanto, a Lei de Terras foi uma estratégia política de assegurar a mão-de-obra no Brasil e garantir que a terra pertencesse a elite.
·         O objetivo da Lei era identificar as terras com posse e sem posse. A terra sem posse seria considerada como pertencente ao Estado, sendo chamada de terra devoluta.
·         A partir dessa Lei, a forma de apropriação de terras modificou, tendo, somente a posse de novas terras quem pagasse. Contudo, diversos documentos falsos foram registrados nas paróquias, já que, esta não possuía instrumento para verificar a validade dos documentos. Neste momento surge os grilos, que são documentos falsos atestando posse de propriedades. Estes documentos falsos foram motivos por conflitos e mortes entre próprios grileiros.
·         Atualmente, na Constituição Federal de 1988, as terras devolutas ocupadas irregularmente devem ser desapropriadas e devem ser terras para reforma agrária

1530 até 1822 – Forma de apropriação da terra somente com concessão de sesmaria pela Coroa Portuguesa
1822 – Independência política do Brasil e abolição da sesmaria
1850 – Lei de Terras.  As terras já ocupadas seriam medidas e submetidas a condições de utilização ou, novamente, estariam na mão do estado, que as venderia para quem definisse.
1888 – Lei Áurea. Abolição da escravidão


Figura 2 – Linha do tempo da apropriação da terra


Diferença entre posseiro e grileiro
Posseiro – indivíduo que ocupa pacificamente terras alheias e/ou devolutas com área mínima suficiente para garantir a subsistência de pequeno grupo familiar, podendo beneficiar-se da lei do usucapião para obter o título da propriedade.
Grileiro – indivíduo que ocupa terras alheias e/ou devolutas mediante o uso de documentação fraudulenta, dando margem às reivindicações do MST.

3. A ocupação de terra no século XX e XXI
·        Durante a década de 1950 e início da década de 1960, a luta pela terra se intensificava e a palavra de ordem era a luta pela Reforma Agrária – “a terra para quem trabalha”, e não para a especulação imobiliária.
·        O golpe militar de 1964 veio frustrar a expectativa das reformas de base propostas pelo governo João Goulart, e, dentre essas proposições de reformas, estava também a Reforma Agrária. Como uma resposta acanhada a essa expectativa, o governo militar criou o Estatuto da Terra e do Trabalhador. Neste documento o latifúndio improdutivo estaria sujeito a desapropriação e se transformaria em terras da reforma agrária.
·        O Estatuto da Terra define Reforma Agrária como “a melhor distribuição da terra e o estabelecimento de um sistema de relações entre o homem, a propriedade rural e o uso da terra, de forma que fossem atendidos e respeitados os princípios da justiça social, o aumento da produtividade, para garantia do progresso e do bem-estar do trabalhador rural, bem como do desenvolvimento do País, prevendo a gradual e progressiva extinção do minifúndio e do latifúndio”.

Exemplos de países que já fizeram reforma agrária:
·         Alemanha,
·         Espanha,
·         EUA
·         França,
·         Itália,
·         Inglaterra,
·         países escandinavos
·         Japão,
·         Israel
·         Irlanda

a)    Reforma agrária na ditadura militar: região da Amazônia Legal

  • Pró: incentivo ao povoamento na região
  • Contra: sem acesso a condições básicas (sem transporte, rodovia, saúde, sem apoio financeiro)



b)   A constituição federal e a reforma agrária
  • Em 1988 é criada a Constituição Federal e é inserida a pauta da reforma agrária
  • Desde então diversas tentativas de reforma agrária são praticadas (ver gráfico 1 e tabela 1).
  •  A não realização da reforma agrária no Brasil provocou a criação do MST e a luta pela terra. Os conflitos por terra


O MST e a ocupação de terras
  • Em 1984 é oficializado a criação do Movimento dos trabalhadores rurais sem-terra (MST) na cidade de Cascavel no Paraná.
  • O MST inicia a prática de ocupação/invasão de terra
  • A ocupação de terra torna-se a principal forma de acesso à terra. Ou seja, a ocupação feita pelo MST pressiona o Estado e somente dessa forma, é feito a reforma agrária (leia o gráfico 1 e a tabela 1)


UDR e os conflitos por terra
Por causa da relevância do MST e da ocupação de terra, é criado em 1985 a União Democrática Ruralista, formado por pequenos, médios e grandes proprietários de terras e grileiros.
Com a criação da UDR, que passaram a organizar-se com armas e contratar pistoleiros, aumenta-se os conflitos por terra e a violência no campo.






Gráfico 1 - A luta e a conquista da terra no Brasil


  


Tabela 1 -  A luta e a conquista da terra no Brasil





Texto 1
Até a independência do Brasil em 1822, a única forma de posse era por meio da concessão da sesmaria. Depois da independência, a posse de terra foi somente firmada com o registro nas paróquias. Contudo, em 1850 é criada a Lei de Terra que regulamentou a situação de posse e propriedade de terra, o que gerou novamente a modificação na forma de apropriação de terras. 

Conforme explica Medeiros (2003) a Lei “[...] legitimava o direito de posse em terras ocupadas com culturas efetivas, recompensava o cultivo eficiente concedendo ao posseiro outro tanto do que possuísse, garantido, dessa forma as condições preexistentes à terra” (p.11). Portanto, até a data da promulgação da Lei, a terra sem ocupação foi declarada pública e o acesso se restringia por meio da compra. Segundo Girardi (2008) a intenção dessa mudança era impedir que os escravos libertos com a Abolição e os pobres imigrantes que chegavam como mão-de-obra pudessem ter o acesso a terra. Conforme compara e elucida Feliciano (2007, p.49):

A partir da Lei de terras o Estado com a finalidade de tornar a terra também mercadoria, apresentou tentativas de regularizar propriedades que eram regidas por meio da posse. [...] O acordo criado pela elite agrária era de continuar com a monocultura agroexportadora no país. Para isso era necessário readequar o problema da mão-de-obra surgida com a extinção do tráfico negreiro. Convenientemente a Lei de Terras foi implantada no país no mesmo ano do fim do tráfico negreiro. Sua finalidade era em primeira instância incentivar a imigração espontânea. Esta Lei pretendia que as pessoas que tivessem com posses ou sesmarias regularizassem suas áreas, realizando seu registro. Com essa alteração, as terras passariam a domínios particulares, e consequentemente o Estado saberia que as terras que sobrassem seriam suas, ou seja, as terras devolutas. A partir daí essas terras em domínio do Estado seriam vendidas em pequenos lotes para imigrantes que desejassem se estabelecer no país como pequenos agricultores.

A principal consequência da Lei de Terras foi garantir a manutenção da concentração fundiária e da disponibilidade de mão-de-obra de imigrantes (MEDEIROS, 2003). Feliciano (2007) afirma que a criação da Lei implicou numa generalizada confusão dominial, em virtude de os títulos de terras apresentarem caráter duvidoso devido a publicação de diversos documentos falsificados e de assinaturas falsas (FELICIANO, 2007). A este procedimento é denominado de grilagem, que é a falsificação de documentos de terras públicas que são posteriormente vendidas, tornando-se um dos agravantes da situação fundiária atual e da luta camponesa (FELICIANO, 2007; FERNDANDES, 2010, MEDEIROS, 2003; GIRARDI, 2008).

Com a Lei, a monocultura agroexportadora manteve-se como principal modelo econômico. A partir disto, Medeiros (2003, p.10-11) destaca o seguinte cenário nacional no início do século XX:
Concentração fundiária, abundância de mão de obra por meio de subsídios estatais à vinda de imigrantes e garantia de preços foram condições para manter o café como principal produto da pauta de exportações e carro-chefe da economia nacional. Em plano não tão importante figuravam outros produtos, como açúcar, algodão, borracha, predominando ora um, ora outro em diferentes tempos e regiões, mas sempre voltados para o mercado externo e com o cultivo baseado em grandes unidades produtivas e intensa exploração de mão-de-obra. Ao mesmo tempo, foi se fortalecendo uma pecuária extensiva, em terras não utilizadas pela agricultura de exportação.

RIBEIRO, Leandro Nieves. Por uma rebeldia mundial: formação e ação territorial da Via Campesina no Brasil. Dissertação (de Mestrado). Presidente Prudente, São Paulo. 2016.



Texto 2
Objetivos da Lei de Terras

- Estabelecer a compra como única forma de obtenção de terras públicas. Desta forma, inviabilizou os sistemas de posse ou doação para transformar uma terra em propriedade privada.

- O governo imperial pretendia arrecadar mais impostos e taxas com a criação da necessidade de registro e demarcação de terras. Esses recursos tinham como destino o financiamento da imigração estrangeira, voltada para a geração de mão-de-obra, principalmente, para as lavouras de café. Vale lembrar que o tráfico de escravos já era uma realidade que diminuía cada vez mais a disponibilidade de mão-de-obra escrava.

- Dificultar a compra ou posse de terras por pessoas pobres, favorecendo o uso destas para fins de produção agrícola voltada para a exportação. Este objetivo foi alcançado pelo governo, pois esta lei provocou o aumento significativo nos preços das terras no Brasil.

- Favorecer os grandes proprietários rurais, que passavam a ser os únicos detentores dos meios de produção agrícola, principalmente a terra, no Brasil.

- Tornar as terras um bem comercial (fonte de lucro), tirando delas o caráter de status social derivado da simples posse.

Consequências

- Possibilitou a manutenção da concentração de terras no Brasil.

- A Lei de Terras regulamentou a propriedade privada, principalmente na área agrícola do Brasil.

- Aumentou o poder oligárquico e suas ligações políticas com o governo imperial.

- Dificultou o acesso de pessoas de baixa renda às terras. Muitas perderam suas terras e sua fonte de subsistência. Restou a estas apenas o trabalho como empregadas nas grandes propriedades rurais, aumentando assim a disponibilidade de mão-de-obra.

- Aumentou os investimentos do governo imperial na política de estimulo à entrada de mão-de-obra estrangeira, principalmente europeia, no Brasil.

- Favoreceu a expansão da economia cafeeira no Brasil, na medida em que a Lei de Terras favoreceu a elite agrária brasileira, principalmente da região Sudeste.




Texto 3 – "Metade dos documentos de posse de terra no Brasil é ilegal"
Por Ariovaldo Umbelino de Oliveira na Carta Capital

O geógrafo, pesquisador e professor da USP Ariovaldo Umbelino fala sobre a situação de propriedades que utilizam terras retiradas do patrimônio público ilegalmente, os famosos casos de grilagem, e também se diz contrário ao programa “Terra Legal” do Governo Federal.
“Nós temos no Brasil hoje um número elevadíssimo de escrituras onde não há fazendas”, comenta o geógrafo. Ele explica que no país existe um número alto de fraudes na documentação de terras, principalmente em municípios com importância econômica, como em São Félix do Xingu, no Pará, que possui o segundo maior rebanho de carne bovina do país.
No começo de 2012, o geógrafo integrou um grupo que realizou um comparativo entre o processo de retomada das terras devolutas do portal do Paranapanema, em São Paulo, com o que estava acontecendo em São Félix do Xingu. Advogados da Faculdade de Direito do Pará também participaram do projeto e o pesquisador liderou a equipe que foi a campo analisar a situação da região.
“Nós verificamos que, na realidade, praticamente 100% dos documentos legais do cartório têm que ser anulados, porque são falsos. A corregedoria do Pará anulou todas as escrituras registradas no cartório de registro de imóveis de São Félix do Xingu”, afirma. E também indaga: “Ninguém é dono das terras mais. Bem, dono do papel. Mas quem está lá na fazenda hoje?”.
Umbelino alerta que o problema não é uma situação isolada ao norte do Brasil. Atualmente ele enfrenta a mesma realidade em outros estados do país. “Isso tem em todos os municípios do Brasil. Estou fazendo esse trabalho lá em Minas Gerais, em Riacho dos Machados, é a mesma coisa. Metade dos documentos é ilegal”, afirma.

Leia a matéria completa



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É Páscoa! Conheça a história de escravos que penaram pelo chocolate

Aos queridos alunos desejo uma Feliz Páscoa e que comam muito chocolate.  

Gostaria, porém, de indicar uma leitura desse texto de Leonardo Sakamoto que trata sobre o trabalho análogo a escravidão de crianças que atuam na colheita do cacau, matéria prima para o chocolate que comemos. Não pretendo aqui faze-los parar de comer o chocolate, mas a intenção é que tenham uma leitura crítica sobre o assunto. 

Colocando ainda mais lenha na fogueira, eu indico o vídeo no final do texto que mostra a reação de coletores de cacau na Costa do Marfim provando pela primeira vez o produto final, o chocolate.

É Páscoa! Conheça a história de escravos que penaram pelo chocolate

Leornardo Sakamato

Uma ação de fiscalização de trabalhadores do governo federal libertou, há alguns anos, 150 pessoas em Placas (PA), dentre elas mais de 30 crianças. Atuavam na colheita do cacau.
O grupo estava sujeito a condições humilhantes de habitação, alimentação e higiene. De acordo com o Ministério do Trabalho no estado, a maior parte das crianças estava doente, com leishmaniose ou úlcera de Bauru. Elas eram levadas ao trabalho para aumentar a remuneração, se sujeitando a todo tipo de situação.
Uma das crianças havia perdido a visão ao cair de cara em um toco de árvore.
Eles já começavam o serviço devendo aos empregadores por terem que pagar equipamentos de trabalho e bens de necessidade básica. De acordo com as informações colhidas pelos fiscais, quem não cumpria as determinações dos patrões era ameaçado de morte.
Parte da indústria de alimentação – que ajuda o Coelho na sua tarefa pascal – e compra não só cacau, mas também outras matérias-primas de setores que vêm sendo sistematicamente envolvidos em trabalho escravo e trabalho infantil contemporâneo para fazer ovo, não demonstra lá muita energia para garantir o controle e a transparência de suas cadeias produtivas. Dentro e fora do Brasil.
Leia o texto completo aqui

26/03/2016

Atividade dos TCs 2º ano – Geografia

Este post consta as atividades do módulo 14 até o módulo 17.

Não gosto de fazer isso, porém por conta de não termo tempo, eu coloquei o gabarito no final deste post. 

Por favor, repassem essa informação aos seus colegas: 

Aviso: Na nossa próxima aula, dia 28/03, combinaremos um dia e horário para a prova de Geografia. O conteúdo da prova é do módulo 14 até o módulo 17. Portanto, pensem em propostas de data da prova (se será a tarde e em qual dia) e aproveitem para estudar e tirarem sua dúvida na próxima aula do dia 28/03.


Módulo 14

1) Cite os principais tipos de solos do Brasil e sua origem.

2)Quais são os efeitos do mal uso do solo.

3) Como combater os problemas do solo?

4) Relacione o tipo de solo com seu produto mais característico:
I. terra roxa
( ) arroz
II. massapé
( ) café
III.salmourão
( ) cana-de-açúcar
IV. várzea
( ) feijão

5) O clima do Brasil permite variedade de cultivo. Indique, de acordo com a legenda, os tipos climáticos, citando dois produtos agrícolas típicos de cada um deles.
    
Resposta:

Clima 1_____________


Clima 2 _________________


Clima 3_________________


Clima 4_________________


Clima 5_________________



6) (MODELO ENEM) – Leia o texto abaixo.
“Quando acontece uma seca, no Nordeste toda a estrutura sofre, mas o peso maior é suportado pelos que estão embaixo. A seca, na verdade, é o colapso da produção agrícola e esse colapso se traduz em fome [...] quando ocorre, se lança mão de uma ajuda de emergência [...] mas é preciso estar preparado [...]. É preciso que esses projetos não fiquem sendo manipulados pelos grupos locais”. Celso Furtado. In: OLIVA, Jaime; GIANSANTI, Roberto. Temas da geografia do Brasil. São Paulo: Atual, 1999, p. 196.
Levando em consideração o texto, sobre o problema da seca no Nordeste brasileiro, é correto afirmar que
a) os projetos para evitar as secas têm sido implantados corretamente pelos políticos locais.
b) o pequeno agricultor foi beneficiado pela ajuda dos vários níveis de governo e das elites locais.
c) a manipulação do dinheiro público pela elite local provoca a chamada indústria da seca.
d) a dinâmica climática leva as secas ao Nordeste, mas permite o desenvolvimento agrícola.
e) no Setor Nordestino, há vários projetos de irrigação para minimizar a ação da seca, como é o caso da “transposição do Rio São Francisco”.
7) (MODELO ENEM) – A água dos rios é utilizada de várias formas. No sertão nordestino a água do “Velho Chico” – levada a uma distância de 40 quilômetros por bombas e canais – é borrifada por mangueiras especiais e garante o êxito da plantação. A forma de utilização da água descrita acima se refere
a) ao abastecimento urbano.
b) à irrigação agrícola.
c) ao transporte fluvial.
d) à produção de energia elétrica.
e) à desassinalização da água.

Módulo 15 - Principais problemas da atividade agrícola 

1) O uso de técnicas inadequadas e da queimada levou o solo a um processo intenso de _____________________.

2) Sobre a evolução da estrutura fundiária brasileira é incorreto afirmar que
a) apresenta uma proliferação do minifúndio.
b) apresenta uma concentração cada vez maior de terras nas mãos dos latifundiários.
c) apresenta um grande aumento do número total de estabelecimentos agrícolas.
d) são as propriedades de mais de 1.000 hectares que têm sido divididas predominantemente.
e) são as pequenas propriedades que têm sofrido parcela mento maior.

3) "O subaproveitamento da terra num país como o Brasil atinge níveis gritantes. O INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) fez um levantamento sobre o problema e os dados são altamente reveladores. Constatou-se que há uma relação direta entre a ineficiência econômica (que se exprime na subutilização da terra) e a injustiça social: quanto maior a extensão da propriedade rural, menor tende a ser a superfície efetivamente utilizada em seu interior. O grosso da alimentação no Brasil não é produzido nas grandes fazendas, mas nos pequenos estabelecimentos camponeses."  (Abramovay, Ricardo. O que é fome. Coleção Primeiros Passos, pp. 65-66.)
Qual o problema retratado no trecho grifado do texto?

4) Criação genuína brasileira, o latifúndio monocultor foi outra das invenções da cana. Virou modelo, foi reiterado e assumido por sucessivos ciclos agrícolas, dentro e fora do país. O latifúndio e o engenho formariam a mais avançada agroindústria exportadora do mundo até meados do século XVII. De um lado, a modernidade precoce de fortes vínculos mercantis e financeiros com o exterior. De outro, o conservacionismo de uma inserção autárquica e autoritária na vida local”. (Sérgio Buarque de Holanda).
Quais as características mais marcantes da estrutura agrária brasileira no período descrito no texto?

5) Um grande problema da agricultura brasileira é o escoamento e o armazenamento da produção. Justifique.

6) O transporte intermodal (vários tipos) ajuda no fluxo dos produtos? Explique

7)  Como justificar as críticas que são feitas à monocultura da cana-de-açúcar?

8) (MODELO ENEM) – A despeito dos esforços crescentes desenvolvidos ao longo dos últimos 20 anos, a perda da diversidade biológica no mundo — decorrente, sobretudo da destruição de hábitats, da colheita excessiva, da poluição e da introdução inadequada de plantas e animais exóticos [de fora] — prosseguiu. Agenda 21 Global. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano (ECO-92, Rio de Janeiro), cap. 15, p. 175-6.
Sobre a perda da diversidade biológica no mundo, é correto afirmar que
a) a ciência já estocou as espécies naturais e as está estudando, razão pela qual não são necessários tantos investimentos para sua preservação na natureza.
b) as florestas foram removidas e espécies foram destruídas, porque isso era sinônimo de progresso, mentalidade esta que já não existe mais.
c) a agricultura moderna (o agronegócio) no Brasil não constitui mais uma ameaça à diversidade biológica.
d) a remoção das florestas tropicais é o que mais preocupa nessa questão da perda da diversidade de espécies animais e vegetais.
e) o maior desmatamento ocorre nas florestas temperadas de coníferas, abastecedoras de indústrias de papel, e que são responsáveis pela destruição da biodiversidade.

9) Justifique a definição da cidade de Sertãozinho no interior paulista de Vale do Silício do etanol.

Módulo 16 - Estrutura fundiária

1) Defina estrutura fundiária.

2) Qual o conceito de módulo rural?

3) Diferencie um latifúndio por dimensão do latifúndio por exploração.

4) O sistema agrícola itinerante, chamado no Brasil de roça, caracteriza-se pela(s)
a) técnica extremamente simples de uso do solo por tempo limitado e que os colonizadores aprenderam com os indígenas.
b) queimadas constantes que promovem alta rentabilidade agrícola, porém efêmera.
c) técnicas de exploração mecânica que aceleram a erosão do solo.
d) mudanças periódicas do agricultor, em virtude das pestes que atingem suas lavouras.
e) derrubadas de matas e a substituição pela pecuária extensiva.

5) “Todo imóvel com área explorável inferior ao módulo rural fixado para a respectiva região e tipos de exploração nela ocorrentes”, trata-se do conceito de (do) _______________ _____________.

6) Os dados apresentados na tabela que consta do corpo teórico do seu caderno permitem inferir que os ________________ predominam em quantidade e os ________________ em área ocupada.

7) Segundo o INCRA - ______________ é o mínimo de terras de que uma família de quatro pessoas necessita para sua manutenção. O______________ varia conforme o desenvolvimento da região, sendo __________ quando maior for o desenvolvimento.

8) O governo, por meio de vários programas específicos e de órgãos como a _______ ___________________ pretende aumentar a __________________, estimular as pesquisas e a assistência aos produtores rurais.

9) O que o gráfico representa?


_________________________________

Módulo 17 - Globalização e reforma agrária

1) (MODELO ENEM) – “Passadas as fases de implantação dos grandes projetos de mineração e de energia, modelo oposto à organização do garimpo, o saldo deixa do foi o de uma população considerável de desloca dos e reassentados que contribuiu para o processo de desterritorialização camponesa. O seu destino mais provável foi o engrossamento do fluxo rumo às cidades”. (Menezes, Maria Lúcia Pires. “Tendências Atuais das Migrações Internas no Brasil”, in Scripta Nova, Revista Electrónica de Geografia y Ciencias Sociales. Universidad de Barcelona, Nº 69 (45), 1o de agosto de 2000.)
O texto faz referência à dinâmica demográfica recente verificada
a) no oeste da Bahia e sul do Piauí, como resultado do avanço das áreas de produção irrigada de soja por grandes produtores vindos da Região Sul do país. b) na Amazônia, em especial nos antigos eixos de ocupação e colonização da década de 1970, como os das rodovias Transamazônica e Cuiabá-Santarém.
c) no oeste do Mato Grosso do Sul, na faixa fronteiriça entre o Brasil e Paraguai, onde os “brasiguaios” se instalaram na década de 1980.
d) na região do norte-paranaense, que sofreu um intenso processo de recolonização na década de 1970, com a modernização em sua agricultura.
e) no Estado do Espírito Santo, em função do esgotamento do modelo exportador mineral e da expansão das áreas destinadas ao reflorestamento.

2)  O cerrado tem se destacado como importante área de produção de produtos agrícolas para atenderem ao mercado mundial inserindo-se na economia globalizada. Cite alguns desses produtos.
  
 3) Quando as terras são exploradas de maneira indireta, ou seja, o trabalhador entrega ao proprietário da terra parte da produção obtida – a metade (meeiro), a terça parte (terceiro) –, essa relação recebe a denominação de _________________

4) A mecanização e ampliação das áreas de cultivo do ____________________ não conseguiram suprir as necessidades internas e o Brasil continuará a depender da importação. O Estado do Paraná teve um ótimo desempenho, sendo o maior produtor brasileiro, seguido pelo Rio Grande do Sul, cujo plantio cresceu na ordem de 50%. A retomada do interesse dos produtores deveu-se à alta do preço no mercado internacional. (dados do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica)

5)O valor crescente das exportações de_____________está comprometido devido ao grande consumo de São Paulo, que é o maior produtor e exportador mundial, visto que um número crescente de microempresas tem intensificado a venda de suco dessa fruta. Nosso principal comprador são os Estados Unidos.

6) Jorge Amado desempenhou um papel importante ao descrever, em sua literatura, o sul da Bahia e uma saga cultural feita de sonho, esperança e aventura. Este produto não inaugurou uma linhagem como o café, não consolidou um espaço de poder como o açúcar, não se espraiou como a pecuária e nem se internacionalizou como a laranja ou a soja, mas também projetou o Brasil no setor agrícola e constituiu toda uma estrutura social e econômica: a casa-grande, o coronel, os jagunços etc. A que produto o texto se refere?

7) (MODELO ENEM) – O texto a seguir refere-se ao polêmico projeto federal de transposição das águas do rio São Francisco: A garantia do abastecimento de água potável para os 12 milhões de habitantes do semiárido é parte indissociável de qualquer futuro que se deseja construir no Nordeste. [...] Dificultar o acesso à água é um dos trunfos daqueles que pretendem perpetuar o semiárido como capitania hereditária, engessada na política do favor e subjugada na carência de direitos universais. Silva, José Graziano da. Folha de S.Paulo. 9 maio 2005. Considerando-se a obra de transposição e a ideia de desenvolvimento sustentável, assinale a alternativa correta:
a) A transposição do São Francisco poderá ser feita sem problemas, pois o rio tem vazão abundante e percorre áreas úmidas, que não precisam de muita água.
b) A melhor maneira de conservar as águas do rio São Francisco é a transposição para o oeste do semiárido, pois em seu curso natural a água é desperdiçada.
c) O rio São Francisco já está sob risco, com vazão reduzida, e esse é um dos fatores a serem analisados quando se questiona a sustentabilidade da transposição.
d) O desenvolvimento sustentável do semiárido depende exclusivamente do São Francisco; portanto, a transposição é uma opção válida, mesmo que comprometa ainda mais o rio.
e) Sustentabilidade e abundância de água é uma relação necessária; portanto, a transposição é a única alternativa para que o semiárido se tome econômica e ambientalmente sustentável.